Reforma Tributária: as falsas expectativas.
Por: Ronaldo Marton
A sociedade brasileira é incessantemente agitada pelos “meios de comunicação”, no sentido de que é urgente e imprescindível a realização de algumas reformas, sem as quais o país não poderá encontrar o seu “grande destino”. Entre as reformas mais cotadas pelos fazedores da opinião pública encontram-se a reforma previdenciária e a tributária.
A idéia de reforma sempre é atrativa aos que se sentem insatisfeitos com as condições atuais. Considerando-se que a insatisfação é comum entre os homens, o chamamento às reformas sempre encontra auditório.
Há, assim, um clima reformista; essas reformas são pregadas há muitas décadas. Por outro lado, em face de que a grande maioria das pessoas parece apoiar as reformas, é curioso indagar a razão pela qual tais reformas não são feitas.
A análise serena da questão pode evidenciar que o vocábulo “reforma” passou a integrar o imaginário coletivo como palavra mágica, capaz de resolver os problemas econômicos e sociais dos indivíduos e dos grupos a que pertencem.
Com efeito, o reformismo crônico que assola a mente das pessoas, tangidas pelos órgãos de comunicação, nem sempre deixa transparecer os aspectos cruciais envolvidos. Se há algo que deva ser reformado, é preciso uma reflexão segura para que se constate o que deve ser reformado, como deve ser reformado, e porque deve ser reformado.